Esse é um lindo dorama japonês com duas temporadas. A primeira de 2015 com 10 episódios de aproximadamente 48 minutos, a segunda temporada de 2017, também com 10 episódios de aproximadamente 45 minutos.
O dorama é uma adaptação para a TV de uma série em mangá chamada Kounodori: Dr. Stork, escrito e ilustrado por Yū Suzunoki. O mangá ganhou o prêmio de Melhor Mangá Geral no 40º Kodansha Manga Awards (um dos principais prêmios de mangá do Japão) e anos depois se tornou essa série tão sensível e gostosa de assistir.
Esse é um dos inúmeros doramas com tema médico e se eu tivesse que escolher outro nome para ele, o chamaria de Dr Gentil. Que série cuidadosa, carinhosa, sensível!
É um dorama que mostra o dia a dia dos médicos obstetras de um hospital japonês. Cada um com sua personalidade e com sua maneira de lidar com os mais diversos casos das grávidas que chegam até o hospital, mas independente da característica pessoal das personagens e sua função nesses partos e acompanhamentos tanto das grávidas, quanto das crianças, o que vemos é um cuidado muito humano com essas vidas durante esses tratamentos e acompanhamentos.
Essa série é interessante também porque mostra pouco da vida pessoal dos médicos, como vemos em outros doramas, mas mostra muito dos casos complexos ou sensíveis dos pacientes desse hospital. Cada episódio aborda uma situação específica, uma história específica dentro da história principal que é o acompanhamento do dia a dia desses profissionais em ação.
Em Dr. Cegonha temos a personagem que se destaca, é o Dr. Sakura Konotori interpretado por Go Ayano. Médico, mas também pianista, vive sua arte reservadamente, poucos sabem dessa sua capacidade musical.
Dr. Konotori traz uma história pessoal guardada consigo: cresceu em um orfanato e sendo carinhosamente cuidado em um deles, aprendeu a tocar piano com sua professora. Essa habilidade é seu refúgio e também sua maneira de demonstrar apoio, carinho e gentileza aos seus amigos e aos pais preocupados que frequentam o hospital.
Para exercer essa sua habilidade como músico, adota o nome Baby e sempre que pode, ou entende que precisa, assume-se como Baby para tocar.
A personalidade gentil que emana do Dr. Konotori é uma inspiração e nos faz criar uma rápida conexão com ele. É aquela pessoa que gostaríamos de conhecer, conversar, ser tratada por ele.
A série nos ensina muito sobre empatia, respeito, carinho. Vemos essas manifestações entre os colegas médicos, enfermeiros, parteiras e também na relação de médico paciente.
- Kae Shimoya interpretada por Mayu Matsuoka, uma médica em crescimento tratando e aprendendo, ganhando confiança e se desenvolvendo para ter mais confiança nos seus atendimentos.
- Haruki Shinomiya interpretado por Gen Hoshino, médico obstetra amigo, tão competente quanto Dr. Konotori, se destaca também com sua personalidade mais introspectiva e focada. Muitas vezes incompreendido, durante a série, vamos conhecendo-o melhor e também admirando-o. Ele que nos ensina a não "julgar um livro pela capa", se mostra um médico preocupado e que também aprende com seus erros.
- Takayuki Imahashi interpretado por Nao Ōmori médico neonatologista, experiente, competente, uma referência para o hospital e para os médicos que seguem sua especialidade. Vive para o hospital e pouco vê sua família, situação que lhe traz certo conflito em alguns momentos da série. Os momentos acompanhando o seu trabalho nessa série são muito bonitos e nos faz conhecer mais dessa especialidade tão interna dos hospitais.
- Rumiko Komatsu interpretada por Yo Yoshida é a parteira destaque da série. Algo surpreendente para nós ocidentais que não temos esses serviços nos hospitais. De personalidade acessível, amorosa, expansiva, aproxima as distâncias entre os colegas e também os pacientes. Acompanhamos nela, uma personalidade positiva que em um momento frágil da sua história na série, é prontamente acolhida por seus amigos e são momentos doces e cheios de carinho.
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